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Inadimplência entre produtores rurais brasileiros atinge 8,1% no segundo trimestre de 2025, segundo dados da Serasa Experian (Foto: Divulgação)
Por: Editorial | 12/11/2025 13:52
O índice de inadimplência do produtor rural no Brasil subiu para 8,1% no segundo trimestre de 2025, segundo levantamento da Serasa Experian divulgado nesta quarta-feira (12). O resultado representa alta de 0,3 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre e avanço de 1,1 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, os dados mostram “uma piora lenta, porém contínua, na capacidade da população rural de manter-se adimplente”. O executivo destacou que o setor enfrenta desafios relacionados ao fluxo de caixa e ao endividamento acumulado nos últimos três a quatro anos, o que exige medidas de reestruturação financeira.
A quebra de safra de grãos em 2024 contribuiu para o aumento da inadimplência, mas o cenário começou a se reverter com a colheita recorde de soja e milho neste ano. Ainda assim, parte dos produtores segue enfrentando dificuldades para equilibrar as contas.
Segundo a Serasa, o indicador considera dívidas vencidas há mais de 180 dias junto a bancos e empresas ligadas às principais atividades do agronegócio. A maior parte das inadimplências está concentrada no setor financeiro.
Na análise por porte, os produtores que atuam sem Registro de Cadastro Rural — incluindo arrendatários e participantes de grupos familiares ou econômicos — registram o maior índice de inadimplência, com 10,5%. Em seguida aparecem os grandes proprietários, que somam 9,2% do total.
Marcelo Pimenta observou que produtores que arrendam terras operam com margens mais estreitas devido aos custos adicionais, enquanto os grandes produtores costumam adotar estratégias mais arriscadas, o que pode gerar desequilíbrios financeiros.
Com os resultados, a Serasa reforça o alerta para a necessidade de ajustes no crédito rural e maior atenção às políticas de suporte financeiro para o setor, essencial à economia brasileira. Com informações: Forbes
