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Lucro do Banco do Brasil despenca 60% no 3º trimestre e totaliza R$ 3,8 bilhões


Resultado foi impactado pelo aumento da inadimplência e pelo custo de crédito mais alto, especialmente na carteira do agronegócio. Banco também anunciou R$ 410,58 milhões em Juros sobre Capital Próprio.
Agência do Banco do Brasil; lucro líquido cai 60% no terceiro trimestre de 2025. (Foto: REUTERS/Leonardo Benassato) Por: Editorial | 13/11/2025 07:16

O Banco do Brasil registrou lucro líquido gerencial de R$ 3,8 bilhões no terceiro trimestre de 2025, uma queda de 60,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado, divulgado nesta quarta-feira (12), reflete a forte alta da inadimplência e o aumento das provisões para crédito de liquidação duvidosa, especialmente nas carteiras agro e de grandes empresas.

Apesar da queda expressiva na comparação anual, o desempenho ficou estável frente ao segundo trimestre e alinhado às estimativas de mercado, que previam R$ 3,7 bilhões segundo a LSEG. O retorno sobre o patrimônio líquido recuou para 8,4%, ante 21,1% um ano antes.

Em contraste, os principais concorrentes apresentaram lucros bem superiores no mesmo período: o Itaú registrou R$ 11,9 bilhões e o Bradesco, R$ 6,2 bilhões em lucros recorrentes.

O banco também anunciou a distribuição de R$ 410,58 milhões aos acionistas sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), equivalente a R$ 0,0719 por ação, com pagamento previsto para 11 de dezembro.

Revisão nas projeções e custos maiores
O Banco do Brasil revisou para baixo sua estimativa de lucro anual, que passou de um intervalo entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões para uma faixa de R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões. Também ampliou a projeção de custo de crédito, que agora deve ficar entre R$ 59 bilhões e R$ 62 bilhões, ante os R$ 53 bilhões a R$ 56 bilhões anteriormente previstos.

“Reconhecemos que, diante das dificuldades, entregaremos um lucro médio menor que o do ano passado, mas ainda com uma rentabilidade sólida, considerando o volume de provisões que vamos contabilizar”, afirmou Geovanne Tobias, vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do banco.

A margem financeira bruta somou R$ 26,36 bilhões, alta de 1,9% em relação a 2024 e 5,1% acima do trimestre anterior. Já as receitas com prestação de serviços caíram 2,6% no comparativo anual, mas cresceram 1,3% frente ao trimestre anterior.

Inadimplência avança e agro continua pressionando
O custo do crédito disparou 77,7% em relação ao terceiro trimestre de 2024, alcançando R$ 17,9 bilhões. O índice de inadimplência acima de 90 dias subiu para 4,93%, contra 4,21% em junho e 3,33% no mesmo período do ano passado.

O agravamento foi mais intenso na carteira agropecuária, que atingiu 5,34% de inadimplência, impulsionada por dificuldades nas lavouras de soja e por pedidos de recuperação judicial no setor. Na carteira de pessoas físicas, o índice foi de 6,01%, enquanto nas operações com empresas chegou a 4,06%. Entre micro, pequenas e médias empresas, a taxa de atraso superior a 90 dias atingiu 10,25%.

A carteira de crédito totalizou R$ 1,279 trilhão, um avanço de 7,5% em 12 meses, mas com queda de 1,2% em relação ao segundo trimestre. O segmento de pessoa física cresceu 7,9% no ano e 2,3% no trimestre, enquanto o de pessoa jurídica subiu 10,4% em 12 meses, mas recuou 3,2% na comparação trimestral. O portfólio agro teve retração pontual no trimestre e alta de 3,2% no ano. Com informações: IstoÉDinheiro




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