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Ministério da Fazenda revisa projeções para PIB e inflação no Boletim Macrofiscal (Foto: Reprodução)
Por: Editorial | 14/11/2025 07:19
O Ministério da Fazenda reduziu suas previsões para o desempenho da economia e da inflação em 2025. Segundo o Boletim Macrofiscal divulgado nesta quinta-feira, 13, pela Secretaria de Política Econômica (SPE), o PIB brasileiro deve crescer 2,2% no próximo ano, ligeiramente abaixo dos 2,3% estimados em outubro. O documento afirma que a revisão decorre da expectativa mais baixa para o crescimento no terceiro trimestre, afetando também os trimestres seguintes.
Por setores, a projeção de avanço da agropecuária subiu de 8,3% para 9,5%, enquanto a estimativa para a indústria caiu de 1,4% para 1,3%, e a de serviços passou de 2,1% para 1,9%. Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%. Para 2026, a previsão permanece em 2,4%, influenciada pela desaceleração do setor agropecuário e pela melhora em indústria e serviços.
A inflação medida pelo IPCA foi revisada de 4,8% para 4,6% para 2025. Mesmo com o recuo, o índice permanece acima da meta de 3%, que admite variação entre 1,5% e 4,5%. Segundo o boletim, a perspectiva de menor inflação reflete a valorização do real, a queda de preços no atacado agropecuário e industrial e o excesso de oferta global de bens em meio a conflitos comerciais. A projeção considera tarifa de energia elétrica na bandeira amarela em dezembro.
Para 2026, a estimativa de IPCA caiu de 3,6% para 3,5%, alcançando 3,2% no segundo trimestre de 2027. As previsões para outros índices também foram reduzidas: o INPC passou de 4,7% para 4,5% e o IGP-DI, de 2,6% para 1,4%.
O Boletim Macrofiscal destaca ainda o ambiente de incerteza global, marcado por tensões comerciais e geopolíticas que têm limitado o crescimento econômico mundial. No Brasil, indicadores apontam desaceleração da atividade no terceiro trimestre, influenciada pelos efeitos acumulados da política monetária restritiva. Houve retração nas concessões de crédito e sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho, apesar da taxa de desemprego ainda baixa.
O documento ressalta que as tarifas impostas pelos Estados Unidos têm reduzido a demanda internacional e afetado investimentos globais. Apesar disso, a economia americana tem mostrado resiliência, impulsionada pela absorção doméstica e pelo crescimento de setores ligados à inteligência artificial, mesmo diante da perda de fôlego no mercado de trabalho. Com informações: IstoÉDinheiro
