|
Hoje é Quinta-feira, 27 de Novembro de 2025.
Presidente Lula durante agenda internacional; segurança pública é tema central das discussões no governo (Foto: Reprodução)
Por: Editorial | 14/11/2025 13:34
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva articulam a criação de uma Agência Nacional Antimáfia, proposta que vem ganhando força diante da preocupação com o avanço de facções criminosas e seu impacto na segurança pública, tema considerado estratégico para 2026.
A ideia, segundo apuração do blog, é que o órgão seja inspirado em modelos internacionais, como o FBI dos Estados Unidos, a Direzione Investigativa Antimáfia da Itália e a National Crime Agency do Reino Unido. O foco seria coordenar ações de combate ao crime organizado e reocupar territórios dominados por facções como Comando Vermelho, Primeiro Comando da Capital e Guardiões do Estado.
O assunto voltou ao centro das discussões depois que pesquisas recentes apontaram queda na vantagem eleitoral de Lula. Dentro do governo, uma ala do PT defende a criação de uma estrutura dedicada exclusivamente à segurança pública, seja por meio da recriação do Ministério da Segurança Pública ou da formação de uma secretaria especial. A proposta da agência surge como alternativa.
Dados de um levantamento realizado pelo Datafolha em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram a dimensão do problema. Cerca de 28,5 milhões de brasileiros vivem em áreas controladas por milícias ou facções.
Apesar disso, a criação da Agência Nacional Antimáfia enfrenta entraves significativos. Para sair do papel, dependeria de uma Proposta de Emenda à Constituição, que exige aprovação de três quintos da Câmara e do Senado em dois turnos de votação, um caminho considerado difícil, especialmente após a lentidão na tramitação do projeto de lei antifacções.
Além da barreira legislativa, há resistência dentro do próprio governo. A proposta prevê que o órgão seja vinculado ao Ministério da Justiça, porém com autonomia. Em agosto, quando uma ideia semelhante foi discutida, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, se posicionou contra.
“A agência já existe e ela é a Polícia Federal, que coordena ações em todo o Brasil de maneira integrada”, afirmou.
Mesmo diante das divergências internas, aliados próximos ao presidente insistem que o debate deve avançar, especialmente diante do crescimento da influência das facções em diversas regiões do país. Com informações: g1
