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Funcionários do Nubank divulgam carta-manifesto pedindo manutenção do home office e recontratação de demitidos


Documento apresentado em plenária do Sindicato dos Bancários contesta o fim do trabalho remoto, previsto para 2026, e critica demissões realizadas após reações internas à mudança.
Sede do Nubank em São Paulo, cuja política de retorno presencial motivou carta-manifesto de funcionários (Foto: Divulgação) Por: Editorial | 14/11/2025 13:42

Após o anúncio do fim do home office e da adoção de um modelo híbrido a partir de julho de 2026, funcionários do Nubank redigiram uma carta-manifesto pedindo a reversão da decisão e a recontratação de 14 colaboradores demitidos desde então. O texto foi lido durante uma plenária do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, que reuniu cerca de 300 pessoas.

Dos 14 desligados, 12 foram demitidos por comentários que a empresa considerou violação do código de ética durante a reunião virtual em que o novo modelo foi anunciado. Outros dois funcionários teriam sido demitidos por suspeita de planejar sabotagem de sistemas internos da fintech.

Em nota, o Nubank afirmou manter diálogo com entidades representativas e reforçou que não tolera condutas consideradas inadequadas. O modelo híbrido previsto determina dois dias de trabalho presencial por semana a partir de 2026, aumentando para três dias por semana em janeiro de 2027. A regra abrangerá cerca de 70% do quadro de funcionários, com auxílio financeiro para quem precisar se mudar para trabalhar presencialmente na sede, em São Paulo.

Na carta, trabalhadores de diferentes áreas e países afirmam que a mudança no regime de trabalho foi imposta sem diálogo e sem apresentação de dados que justificassem a decisão. O documento critica o que classifica como advertências e demissões retaliatórias e sustenta que o trabalho remoto contribuiu para o crescimento acelerado da empresa. Também aponta impactos negativos do retorno obrigatório sobre cuidadores, pessoas com deficiência e profissionais neurodivergentes, além do custo de vida mais alto em grandes capitais.

O texto reivindica a abertura de negociação com o sindicato, a reversão da política de retorno ao escritório e a recontratação imediata dos demitidos. Nas redes sociais, a presidente do Sindicato dos Bancários, Neiva Ribeiro, afirmou que a entidade está em diálogo com o Nubank e defende a revisão das demissões.

O CEO do banco, David Vélez, rebateu críticas em publicação no LinkedIn, alegando que o comportamento de alguns dos demitidos foi incompatível com o ambiente corporativo. Sobre os dois desligados por suposta tentativa de sabotagem, a empresa enviou um memorando interno afirmando que o setor de segurança identificou a intenção de comprometer sistemas e que os funcionários foram denunciados às autoridades. Com informações: IstoÉDinheiro




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