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Cocaína negra é apreendida em mansão de luxo em Manaus após operação policial


Droga modificada quimicamente é até dez vezes mais cara e não é detectada por cães ou testes rápidos, segundo a perícia.
Droga modificada foi encontrada escondida em fundos falsos de móveis na mansão em Manaus (Foto: Reprodução) Por: Editorial | 17/11/2025 08:03

Uma operação realizada em Manaus (AM) resultou na apreensão de cerca de 40 quilos de uma variação de cocaína conhecida como “cocaína negra”, alterada para dificultar a detecção por cães farejadores e testes rápidos. O entorpecente estava escondido em fundos falsos de móveis e quadros dentro de uma mansão localizada no bairro Ponta Negra.

A residência, que possui estrutura de alto padrão, vinha sendo monitorada pelo Departamento de Investigação sobre Entorpecentes (Denarc) por funcionar como base de armazenamento e distribuição de drogas. Em 17 de outubro, uma primeira abordagem identificou 16 quilos de cocaína comum e um caderno com anotações que indicavam a existência de mais 40 quilos escondidos em cadeiras e quadros.

Ao retornar ao imóvel com cães farejadores, os animais não detectaram nada, e testes preliminares também deram negativo. A inspeção manual dos móveis revelou os compartimentos onde a droga estava armazenada. Exames laboratoriais confirmaram que o material apreendido se tratava de cocaína modificada.

Segundo a perícia, a substância é misturada com carvão ativado e corantes, resultando em um composto que mascara o odor e impede a reação química usada em testes de detecção. Essa alteração aumenta o valor do entorpecente, que pode chegar a valer até dez vezes mais do que a cocaína tradicional. A investigação aponta que a droga veio do Peru e tinha como provável destino a Austrália.

A rota utilizada para o transporte passa pelo rio Solimões, caminho estratégico do tráfico na Amazônia. Segundo autoridades de segurança, a região registrou apreensões recordes nos últimos anos, favorecidas pela dificuldade de acesso e pela extensa malha de rios navegáveis.

Na ação, foram presos os caseiros da propriedade, ambos de origem peruana. A proprietária do imóvel, também peruana e residente fora do Brasil, afirmou por meio de nota que se colocou à disposição das autoridades e que o anexo onde a droga foi encontrada era destinado à moradia do caseiro. Com informações: g1




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