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Imagem ilustrativa sobre atendimento hospitalar e segurança na prescrição de medicamentos (Foto: Ilustrativa/Freepik)
Por: Editorial | 17/11/2025 14:55
Um menino de 2 anos morreu após receber uma dose fatal de potássio em um hospital da Flórida, nos Estados Unidos. O caso, ocorrido em março de 2024, ganhou repercussão somente agora, após familiares ingressarem com uma ação judicial contra as instituições e profissionais envolvidos.
Segundo documentos apresentados no processo, a overdose foi provocada por um erro de digitação na prescrição de potássio. O médico responsável teria registrado 15 mmol duas vezes ao dia, quando o correto seria 1,5 mmol. A ausência de uma vírgula passou despercebida, ocasionando uma dosagem dez vezes maior do que a indicada para o quadro clínico do paciente.
A criança havia sido internada inicialmente em um hospital de Ocala com infecção viral e hipocalemia, condição caracterizada por níveis perigosamente baixos de potássio. Após avaliação, foi transferida para uma unidade hospitalar em Gainesville, especializada em atendimentos complexos.
No novo atendimento, além da nova prescrição incorreta, o menino já recebia duas outras fontes de potássio por via intravenosa. De acordo com a acusação, nem a equipe médica nem o setor de farmácia identificaram o erro, mesmo com o sistema emitindo alertas automáticos de dosagem excessiva.
A superdosagem provocou parada cardíaca e danos neurológicos severos. A criança permaneceu intubada por cerca de duas semanas, submetida a um tratamento descrito pela mãe como “agonizante e prolongado”. Sem sinais de recuperação, os médicos suspenderam o suporte vital em 18 de março de 2024. Exames laboratoriais posteriores apontaram níveis críticos de potássio e fosfato no organismo.
A família acusa o hospital de múltiplas falhas, incluindo demora no processo de intubação após a parada cardíaca. A ação judicial foi movida contra as instituições de saúde envolvidas e os profissionais que atuaram no atendimento.
Em nota, uma das unidades citadas no processo informou que segue as normas federais de privacidade e que não pode comentar sobre casos individuais sem autorização, conforme prevê a legislação americana. Com informações: TNOnline
