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FGC estima pagamento de R$ 41 bilhões em garantias a credores do Banco Master (Foto: Divulgação)
Por: Editorial | 19/11/2025 08:17
A liquidação do Banco Master deve resultar na maior operação de resgate já realizada pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que calcula em R$ 41 bilhões o montante de garantias a serem pagas aos credores da instituição. Segundo o FGC, o banco possui cerca de 1,6 milhão de depositantes e investidores com créditos elegíveis para recebimento da garantia.
Até hoje, o maior pagamento efetuado pelo Fundo havia ocorrido em 1997, no caso do Banco Bamerindus, quando foram reembolsados R$ 19,6 bilhões. O FGC informou que, até setembro, possuía patrimônio de R$ 160 bilhões, sendo R$ 122 bilhões em recursos líquidos disponíveis para atuar em situações como a do Master.
Após a nomeação de um administrador pelo Banco Central, será elaborado um levantamento detalhado dos credores. Concluído esse processo, o FGC iniciará o reembolso até o limite de R$ 250 mil por CPF. Valores superiores a esse teto entrarão na massa falida, com pagamento sujeito a processo judicial. Em caso de múltiplas liquidações em até quatro anos, o limite global de garantia por pessoa é de R$ 1 milhão.
O pagamento inclui também os CDBs emitidos pelo Master, que ofereciam retornos acima das taxas de mercado e eram considerados arriscados por analistas. O FGC reforçou que dará início aos pagamentos assim que receber a base de dados consolidada pelo liquidante apontado pelo Banco Central.
Para solicitar a garantia, os clientes devem utilizar o aplicativo do FGC, disponível para Android e iOS. Após o cadastro e envio das informações, o pagamento é feito diretamente em conta bancária de mesma titularidade. Empresas credoras devem realizar o pedido pelo Portal do Investidor.
São cobertos pelo FGC depósitos à vista, poupança, CDBs, RDBs, contas vinculadas a pagamentos, LCs, LHs, LCIs, LCAs, LCDs e operações compromissadas com títulos emitidos por empresas ligadas após 8 de março de 2012.
O Banco Central decretou na terça-feira (18) intervenção de 120 dias e liquidação extrajudicial do Banco Master, após concluir que a instituição não tinha condições de recuperar sua saúde financeira. Foram igualmente liquidadas a corretora e o banco de investimentos do grupo. A fintech Will Bank não foi incluída na medida devido ao interesse de investidores estrangeiros.
A empresa EFB Regimes Especiais e Empresas foi nomeada liquidante, sob responsabilidade de Eduardo Felix Bianchini, que assume a administração e representação legal do banco. Também foram bloqueados os bens dos controladores e ex-administradores, incluindo o banqueiro Daniel Vorcaro. Com informações: IstoÉDinheiro
