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Crescimento do agro reforça a importância econômica do setor em Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação).
Por: Editorial | 19/11/2025 09:20
Mato Grosso do Sul deverá finalizar o ano com o valor da produção agropecuária ultrapassando R$ 76,3 bilhões, segundo a nova edição da Carta de Conjuntura divulgada na segunda-feira (17) pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
O relatório mostra que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) apresentou elevação de 23,68% em comparação a setembro de 2024, quando totalizava R$ 61,7 bilhões. Com esse crescimento, o Estado preserva a 7ª colocação no cenário nacional e representa 5,42% de todo o VBP gerado no país.
A agricultura continua respondendo pela maior fatia da receita estadual, com participação de 63,83% — o equivalente a R$ 48,71 bilhões, aumento de 19,54% frente ao ano anterior. A pecuária, por sua vez, soma R$ 27,60 bilhões, correspondendo a 36,16% do total e registrando avanço de 31,71%.
Entre os itens que mais impulsionam o VBP aparecem soja (34,48%), bovinos (26,76%), milho (14,42%), cana-de-açúcar (11,63%), frango (4,38%), suínos (3,77%) e demais segmentos, que somam 9,56%.
As projeções para 2025 indicam que a produção agrícola deve alcançar 76,93 milhões de toneladas, representando aumento de 2,27% em relação a outubro de 2024. A área colhida está estimada em 7,56 milhões de hectares — expansão de 5,58% no mesmo período. Desse volume, 24,74 milhões de toneladas referem-se a cereais, leguminosas e oleaginosas.
Algumas culturas devem apresentar forte incremento no próximo ciclo, como o amendoim da primeira safra (+276%), o sorgo (+72%) e o arroz (+42%). O sorgo, em especial, ganhou espaço significativo, saltando de 84 mil para 137,8 mil hectares — crescimento próximo de 64%.
O secretário Jaime Verruck ressaltou que esse avanço reflete a ampliação da variedade de cultivos. “Apostamos em novas alternativas, como amendoim e sorgo, que hoje já se consolidam como importantes componentes do setor produtivo estadual”, comentou.
O boletim também destaca ajustes no segmento pecuário. O plantel de aves atingiu 125 milhões de cabeças, crescimento de 13,13%. O bicho-da-seda registrou 20 milhões de cabeças (+0,84%), enquanto outras categorias somadas tiveram alta de 98,53%.
Em setembro, o agro sul-mato-grossense contabilizava 100.125 trabalhadores com carteira assinada. O subsetor de Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados reunia 83.194 desses postos, equivalente a 83,09% do total. O salário médio de entrada ficou em R$ 2.282,02. Entre janeiro de 2020 e outubro de 2025, o número de empregados no setor aumentou 33,23%.
Para Jaime Verruck, os resultados consolidam a força do agronegócio no Estado. “Os números confirmam que Mato Grosso do Sul avança de forma consistente. O desempenho reflete o trabalho dos produtores, o uso de tecnologias e as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável. É um setor que segue impulsionando a economia estadual”, afirmou. Com informações: Folha de Dourados.
