O calor intenso nas últimas semanas em Campo Grande e grande parte do estado de Mato Grosso do Sul não atingiu as altas temperaturas de 2020. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em setembro de 2023, a máxima atingiu 37,6 graus, enquanto em 2020, houve nove dias com temperaturas acima de 40 graus, chegando a 40,8 graus no final do mês.
Além disso, as primeiras duas semanas de outubro também viram temperaturas mais amenas em comparação com 2020. O calor de 2020 foi mais intenso, com cinco dias registrando temperaturas de 40 graus ou mais, atingindo um pico de 41 graus em 5 de outubro.
Segundo informações do jornal correiodoestado, a média de temperatura nos primeiros 16 dias de outubro em 2023 foi de 27,8 graus, enquanto em 2020, foi de 29,4 graus, mostrando uma diferença significativa. O calor extremo não afetou apenas Campo Grande, mas também cidades como Água Clara, que registrou 44,6 graus em 2020.
Para comparação, a temperatura mais alta já registrada oficialmente no Brasil foi de 44,8 graus em Nova Maringá, Mato Grosso, em novembro de 2020.
Em 2023, o calor é atribuído ao fenômeno El Niño, que também causou fortes chuvas no sul do país nos últimos meses. Em 2020, a explicação foi um bloqueio atmosférico que impediu a passagem de massas de ar frio.
Além disso, as frequentes quedas no fornecimento de energia em algumas regiões de Campo Grande e no interior do estado tornaram o calor deste ano mais assustador, devido ao aumento do consumo de aparelhos de ar condicionado.
A previsão do Inmet indica que o calor continuará, com máximas de 37 graus nos próximos dias, enquanto o Climatempo prevê um alívio apenas na próxima semana, com baixa probabilidade de chuva até o final do mês.