Novos ataque israelenses atingem escola e infraestruturas da ONU em Gaza

Na noite de quarta-feira (11), Israel intensificou os ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, atingindo uma escola e duas casas que serviam de abrigo para palestinos deslocados, sob administração da Organização das Nações Unidas (ONU). Os bombardeios resultaram na morte de pelo menos 34 pessoas, incluindo seis trabalhadores humanitários.

Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel confirmaram o ataque, afirmando que o alvo eram militantes do grupo terrorista Hamas e não civis. Segundo a declaração, a ação visava evitar um possível ataque a partir da escola.

A escola em Nuseirat, localizada na região central da Faixa de Gaza, abrigava cerca de 12 mil pessoas deslocadas, predominantemente mulheres e crianças. Este foi o quinto ataque ao local desde o início do conflito entre Israel e Hamas, que começou em outubro de 2023.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou sua indignação com o incidente. "O que está acontecendo em Gaza é totalmente inaceitável. A escola, que se tornou um abrigo, foi atacada por israelenses novamente. Essas graves violações do Direito Internacional Humanitário precisam cessar imediatamente", afirmou Guterres.

Com mais de 40 mil mortos, a guerra na Faixa de Gaza entra em seu 11º mês, e a crescente crise humanitária tem levado os Estados Unidos, o Egito e o Catar a intensificarem as negociações para um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. No entanto, ainda não há uma previsão para a implementação de uma trégua.