O Paraná tem se consolidado como um dos principais polos de produção de cerveja no Brasil, com investimentos que ultrapassam R$ 5 bilhões desde 2020. Esses aportes, incentivados pelo programa Paraná Competitivo, não se limitam à produção da bebida, abrangendo também insumos essenciais como malte, garrafas e embalagens. O estado, que já é líder na produção nacional de cevada, está expandindo também o cultivo de lúpulo, reforçando sua posição na cadeia produtiva.
Esses investimentos foram impulsionados pela Invest Paraná, agência vinculada à Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços. De acordo com Eduardo Bekin, presidente da agência, o setor cervejeiro no estado precisou de uma requalificação para expandir sua capacidade. O apoio governamental ajudou na criação de milhares de empregos e no fortalecimento de microcervejarias e indústrias de embalagens, mostrando que o setor vai além das grandes cervejarias.
Em 2023, o Paraná alcançou a marca de 171 estabelecimentos de produção de cerveja e chope, sendo o quarto maior número do país. Investimentos na industrialização de cevada, como o da Maltaria Campos Gerais, destacam-se, com a produção anual estimada de 280 mil toneladas de malte. O estado também se prepara para reduzir a dependência de importações, com novas maltarias que atenderão a demanda crescente.
Empresas internacionais também têm reforçado sua presença no Paraná. A multinacional Heineken investiu R$ 1,5 bilhão na expansão de sua fábrica em Ponta Grossa, aumentando sua capacidade produtiva e gerando centenas de empregos. A planta se destaca pela produção de chopes e cervejas zero álcool, contribuindo para o crescimento do mercado.
Além das grandes empresas, as microcervejarias têm conquistado espaço, com incentivos fiscais e apoio governamental. A Associação das Microcervejarias do Paraná (Procerva) destaca que esses benefícios ajudam a garantir competitividade para os pequenos produtores, contribuindo para o fortalecimento do setor e a difusão da cultura cervejeira no estado.