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Greve nacional na Argentina causa cancelamentos de voos em Guarulhos


Michael Melo/ Metrópoles Por: Editorial | 30/10/2024 17:04

Na manhã desta quarta-feira (30), dezenas de voos entre o Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU), em São Paulo, e diversas cidades da Argentina foram cancelados ou remarcados em decorrência de uma greve no setor de transportes argentino. A concessionária GRU Airport confirmou que, até o momento, oito voos com destino à Argentina, operados por companhias como GOL, Turkish Airlines, Ethiopian Airlines e Aerolíneas Argentinas, foram cancelados. A Latam, por sua vez, informou que 10 voos também foram afetados pela paralisação.

Apesar dos cancelamentos, os terminais do aeroporto seguem funcionando normalmente. A Latam explicou que, diante da adesão total à greve, teve que cancelar e reagendar suas operações para esta quarta-feira, com a promessa de que as mudanças de data e voo ocorrerão sem custo adicional para os passageiros. A GOL, por sua vez, cancelou todos os voos de/para aeroportos argentinos nas cidades de Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rosário, garantindo que os clientes serão remarcados para outras datas, também sem custo.

Voos Cancelados da Latam

  • LA8032 | GRU – Aeroparque (06:40)
  • LA8019 | GRU – Mendoza (07:55)
  • LA8140 | GRU – Aeroparque (08:55)
  • LA8142 | GRU – Aeroparque (11:00)
  • LA8034 | GRU – Aeroparque (13:55)
  • LA8139 | Aeroparque – GRU (10:35)
  • LA8020 | Mendoza – GRU (12:50)
  • LA8033 | Aeroparque – GRU (12:55)
  • LA8143 | Aeroparque – GRU (14:55)
  • LA8035 | Aeroparque – GRU (18:30)

Voos da Latam em Aguardando Reagendamento

  • LA8138 | GRU – Aeroparque (31/10 – 01h)
  • LA8136 | GRU – Ezeiza (30/10 – 22:25)
  • LA8141 | Aeroparque – GRU (31/10 – 01h55)

Motivos da Greve

A greve foi convocada em resposta a medidas econômicas anunciadas pelo governo de Javier Milei, que incluem o aumento das tarifas após a retirada de subsídios e a proposta de privatização da Aerolíneas Argentinas. A paralisação não afeta apenas o setor aéreo, mas também interrompe serviços de trens, metrôs, caminhões, motos, táxis e transporte marítimo.

Recentemente, a Aerolíneas Argentinas foi classificada como "sujeita à privatização", um decreto publicado pelo governo Milei que destaca a reestatização da companhia há 16 anos, afirmando que "apesar das boas intenções", os objetivos propostos não foram alcançados. A situação se intensificou após uma greve em setembro, quando trabalhadores da companhia pediram aumentos salariais para compensar a inflação, que atualmente gira em torno de 236% ao ano no país.




Diário do Interior MS
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