Cerca de 43 macacos da espécie Rhesus macaque escaparam de um laboratório de pesquisas médicas na cidade de Yemassee, na Carolina do Sul, Estados Unidos. A fuga aconteceu após um erro de um funcionário recém-contratado, que não trancou corretamente uma área de contenção no laboratório Alpha Genesis.
Apesar do susto, o chefe de polícia local, Gregory Alexander, tranquilizou a população, afirmando que os macacos são inofensivos. "Eles não estão infectados com nenhuma doença, apenas são ariscos", explicou. Os primatas fugidos são fêmeas jovens, pesando cerca de 3 kg, e não são utilizadas para testes no laboratório.
Equipes da Alpha Genesis estão tentando recapturar os animais, utilizando alimentos como isca para atraí-los de volta. De acordo com a Agência Associated Press, embora fugas já tenham ocorrido anteriormente dentro das instalações, desta vez os macacos conseguiram escapar para uma área externa, a cerca de 1,6 km do centro de Yemassee. "Os tratadores estão familiarizados com os animais e tentam atraí-los com frutas", afirmou o chefe de polícia à agência.
A operação de recaptura conta com o uso de armadilhas e câmeras térmicas. Mesmo assim, a polícia orientou os moradores a manterem portas e janelas fechadas para evitar que os macacos se escondam em residências e a contatarem o 911 caso avistem algum dos animais.
A Alpha Genesis, que já enfrentou multas e problemas relacionados a falhas em sua segurança, tem um histórico de incidentes semelhantes. Em 2018, a empresa foi multada em US$ 12.600 por questões de segurança e condições inadequadas para os animais. Fugas anteriores ocorreram em 2014, quando 26 primatas escaparam, e em 2016, quando 19 fugiram.
O grupo de defesa animal Stop Animal Exploitation Now pediu ao Departamento de Agricultura dos EUA uma nova inspeção e investigação sobre as condições do laboratório. Michael Budkie, diretor-executivo do grupo, criticou a negligência que possibilitou a fuga e afirmou que ela representa um risco tanto para os animais quanto para a comunidade.