A Rússia lançou 188 drones contra a Ucrânia na noite desta segunda-feira (25), no maior ataque aéreo desde o início da guerra em fevereiro de 2022. O exército ucraniano informou ter interceptado 76 desses drones, mas os demais atingiram diversas regiões do país. Parte dos equipamentos também se dirigiu para a Bielorrússia.
Entre os alvos mais impactados está a capital, Kiev, que sofre ataques desde domingo (24). De acordo com o prefeito Vitali Klitschko, os drones Shahed, fabricados pelo Irã, têm sobrevoado a cidade em múltiplas direções. “As forças de defesa aérea estão operando em diferentes áreas da cidade para conter as ofensivas”, afirmou Klitschko.
Além dos drones, a Rússia disparou uma série de mísseis contra o território ucraniano. A região de Kharkiv foi a mais atingida, com 25 pessoas feridas. Nas cidades de Odessa e Ternopil, bombardeios danificaram instalações de energia, deixando 70% de Ternopil sem fornecimento de luz.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu uma resposta firme. “Definitivamente responderemos a tudo o que a Rússia fizer. É importante que esses ataques nunca fiquem sem resposta – não apenas por nós. O mundo não pode aceitar a normalização do terror russo”, declarou em pronunciamento.
A ofensiva ocorre em meio a uma escalada do conflito. Na semana passada, Kiev utilizou mísseis de longo alcance para atingir alvos na Rússia, o que levou Moscou a atualizar sua doutrina nuclear. Entre as mudanças, está a permissão para o uso de ogivas contra países não nucleares que recebem apoio de potências nucleares.
A Ucrânia também confirmou, na última quinta-feira (21), o lançamento de seu primeiro míssil balístico intercontinental contra alvos russos, intensificando ainda mais as tensões no conflito.