O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), participaram, na manhã desta sexta-feira (29), em Brasília, da assinatura de contratos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos são destinados a projetos de infraestrutura, transporte e mobilidade urbana no estado de São Paulo. A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto.
Entre os projetos contemplados estão o Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte, a extensão da Linha 2-Verde do Metrô e o Trecho Norte do Rodoanel. O Trem Intercidades, que ligará São Paulo a Campinas, deve beneficiar cerca de 15 milhões de pessoas em 11 municípios e gerar 10,5 mil empregos, entre diretos e indiretos. Já a Linha 2 terá 14 km de extensão, 13 novas estações e ligará a Vila Prudente a Guarulhos, enquanto o Trecho Norte do Rodoanel promete reduzir significativamente o fluxo na Marginal Tietê.
O evento ocorre em um contexto político relevante, pouco mais de um mês após as eleições municipais. Ricardo Nunes, reeleito prefeito de São Paulo, contou com o apoio de Tarcísio de Freitas e venceu Guilherme Boulos (PSOL), candidato apoiado por Lula, no segundo turno. A parceria institucional reforça o alinhamento em prol de obras de grande impacto para o estado.
Os contratos preveem cifras bilionárias para as obras. Em setembro de 2023, o BNDES liberou R$ 6,4 bilhões para o Trem Intercidades, que contará com um trecho expresso de 101 km entre São Paulo e Campinas e serviços paradores conectando municípios como Francisco Morato e Jundiaí. Já para a extensão da Linha 2-Verde, foram destinados R$ 7,2 bilhões, e o Trecho Norte do Rodoanel recebeu um aporte de R$ 1,35 bilhão no início de 2024.
Os projetos devem reduzir congestionamentos, melhorar a mobilidade urbana e impulsionar a economia local. “O Rodoanel Norte, por exemplo, deve tirar cerca de 30 mil caminhões e 54 mil automóveis da Marginal Tietê diariamente, reduzindo o tempo de deslocamento entre importantes rodovias em até 27 minutos”, destacou o governo federal. A iniciativa representa um avanço na infraestrutura paulista, com impactos diretos na qualidade de vida da população.