Uma lesão crônica na coluna pode ter desencadeado o ataque que resultou no assassinato de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, ocorrido na última semana em Manhattan, nos Estados Unidos. De acordo com a polícia de Nova York, o autor do crime deixou indícios em documentos e redes sociais que apontam para sua insatisfação com o setor de saúde, apesar de nunca ter sido cliente da seguradora.
Segundo o chefe de detetives Joseph Kenny, o suspeito parecia culpar a UnitedHealthcare por ser a maior organização de saúde dos Estados Unidos e uma das principais corporações do país. "Isso pode ter motivado sua escolha do alvo", afirmou Kenny em entrevista à NBC News.
Prisão e evidências
O suspeito foi detido em 9 de dezembro, em Altoona, Pensilvânia, portando uma pistola com silenciador, documentos manuscritos e um caderno que mencionava planos para atacar um CEO. Ele utilizava a plataforma Reddit para compartilhar experiências sobre uma cirurgia na coluna, que inicialmente descrevia como bem-sucedida. Contudo, suas críticas à indústria de saúde começaram recentemente e foram evidenciadas em anotações apreendidas pela polícia.
Crime premeditado
O assassinato ocorreu na manhã de 6 de dezembro, quando Thompson foi alvejado pelas costas em uma calçada de Midtown Manhattan. O atirador, mascarado e encapuzado, utilizou uma “ghost gun” — arma montada com peças de impressora 3D — recuperada posteriormente na prisão. Imagens de segurança mostram o suspeito disparando várias vezes antes de fugir.
Próximos passos jurídicos
O suspeito está detido na Pensilvânia, enfrentando acusações preliminares de porte de arma e falsificação, além de resistir à extradição para Nova York, onde será acusado formalmente de assassinato. Sua próxima audiência está agendada para 30 de dezembro, e o advogado de defesa declarou que o acusado pretende se declarar inocente.