Durante sua conferência de imprensa anual nesta quinta-feira (19), o presidente russo Vladimir Putin desafiou os Estados Unidos a interceptarem o míssil hipersônico Oreshnik, usado pela primeira vez em um ataque à cidade ucraniana de Dnipro. Segundo o Kremlin, o armamento, que pode carregar ogivas nucleares e alcançar velocidades superiores a 13 mil km/h, seria “impossível de ser derrubado”.
A declaração surge como uma resposta à entrega de mísseis de longo alcance pelos EUA à Ucrânia. O governo norte-americano ainda não respondeu diretamente, mas reafirmou seu apoio a Kiev. A iminente transição presidencial nos EUA, com Donald Trump assumindo o cargo, adiciona incertezas sobre a continuidade desse suporte.
Putin expressou disposição para dialogar com o novo presidente norte-americano, enquanto aliados da Ucrânia temem que Trump possa reduzir o apoio militar e financeiro, levando Kiev a ceder territórios para encerrar o conflito. O Kremlin também acusou a Ucrânia de intensificar ataques com armamentos fornecidos pelo Ocidente e prometeu retaliar.