As autoridades da Coreia do Sul suspenderam, nesta sexta-feira (3), a execução do mandado de prisão contra o presidente afastado Yoon Suk-yeol. A operação foi interrompida após resistência do serviço de segurança presidencial e manifestações de apoiadores que dificultaram o acesso à residência do político.
Segundo o Escritório de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários (CIO), a suspensão ocorreu por motivos de segurança. “Havia muito mais pessoas reunidas do que poderíamos controlar”, declarou o órgão. Cerca de 200 seguranças estavam no local, impedindo a ação policial.
Yoon enfrenta acusações de insurreição e abuso de poder, relacionadas à decretação de uma lei marcial que vigorou brevemente antes de ser revogada devido à pressão parlamentar. O mandado de prisão foi emitido no fim de dezembro após o ex-presidente ignorar convocações para depoimento.
A oposição criticou duramente o impasse. “É lamentável ver alguém que tentou instaurar a guerra escondido e fugindo da justiça”, afirmou Park Chan-dae, líder do Partido Democrata. Ele pediu que aqueles que obstruírem a execução sejam responsabilizados.
O CIO tem até 6 de janeiro para cumprir o mandado, que autoriza a detenção de Yoon por até 48 horas. Enquanto isso, o país segue governado interinamente por Choi Sang-mok, após o impeachment de Yoon em 14 de dezembro. O processo ainda aguarda julgamento no Tribunal Constitucional, que decidirá se o afastamento será definitivo.