Uma pesquisa publicada na revista Nature Medicine em 30 de janeiro de 2025, conduzida por cientistas do Imperial College London, trouxe à tona novos achados sobre os impactos da infecção por Covid-19 no desenvolvimento de Alzheimer. O estudo sugere que infecções graves por coronavírus podem acelerar processos biológicos que favorecem o declínio cognitivo, especialmente em indivíduos com outros fatores de risco, como tabagismo e hipertensão.
A análise focou no acúmulo de beta-amiloide, proteína associada ao Alzheimer, e encontrou que pessoas com histórico de Covid-19 grave apresentaram um aumento significativo nos biomarcadores dessa proteína. O impacto foi equivalente a quatro anos de envelhecimento, com os efeitos mais pronunciados em pacientes hospitalizados. Os cientistas ainda observaram que o aumento nos marcadores foi tão expressivo quanto a metade dos níveis encontrados em pessoas com a mutação genética APOE, que aumenta o risco de Alzheimer precoce.
O estudo, baseado em dados do UK Biobank, envolveu 1.252 participantes, com idades entre 46 e 80 anos. Ao comparar aqueles com histórico de Covid-19 com um grupo controle, os pesquisadores constataram que o coronavírus pode estar envolvido na aceleração de processos biológicos que precedem a doença neurodegenerativa. (Com informações Metrópoles)