O mercado físico do boi gordo segue em recuperação nesta primeira semana de abril. A análise é da consultoria Safras & Mercado, que aponta a redução das escalas de abate como principal fator de sustentação dos preços em diversas regiões do país. A tendência, segundo especialistas, é de que esse movimento ganhe força ao longo do mês.
Apesar do cenário de firmeza, a consultoria alerta para um possível desgaste nas pastagens, principalmente nas regiões Centro e Norte do Brasil, onde há previsão de chuvas mais escassas nos próximos dias. A recomendação aos pecuaristas é de cautela, principalmente com a aproximação do pico da safra.
"Os atuais níveis de preços na B3 oferecem boas oportunidades para proteção. O produtor deve adotar uma postura mais conservadora neste momento", avalia o analista da Safras.
As cotações da arroba do boi gordo apresentaram leves variações nesta quarta-feira (3). Em São Paulo, o valor ficou em R$ 324,92, ligeiramente abaixo dos R$ 325 registrados no dia anterior. Em Goiás, houve avanço de R$ 315 para R$ 318,75, enquanto Minas Gerais subiu de R$ 303 para R$ 305,88. Já no Mato Grosso do Sul, a arroba recuou de R$ 320 para R$ 317,95. Em Mato Grosso, a queda foi de R$ 313 para R$ 312,70.
No mercado atacadista, os preços da carne bovina permanecem firmes, sustentados pela boa demanda da primeira quinzena do mês e pela expectativa de aumento no consumo com a chegada da Páscoa. As exportações também seguem em ritmo acelerado, com projeção de novo recorde para a temporada.
Atualmente, a carcaça do traseiro é negociada a R$ 25,50 o quilo. O dianteiro segue cotado a R$ 18,50, e a ponta de agulha, a R$ 17,50 por quilo.
O dólar comercial encerrou o dia em baixa de 1,17%, cotado a R$ 5,6295 para venda e R$ 5,6275 para compra. Durante o pregão, a moeda norte-americana oscilou entre R$ 5,5925 (mínima) e R$ 5,6440 (máxima). Com informações Canal Rural.