O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta segunda-feira (7) impor um novo aumento tarifário de 50% sobre produtos chineses caso a China não recue até amanhã (8) da tarifa de 34% adotada em retaliação ao chamado "tarifaço" americano.
“Se a China não retirar seu aumento de 34% até amanhã, os EUA imporão tarifas adicionais de 50%, com efeito já no dia 9”, escreveu Trump em sua rede social, Truth Social. Ele também afirmou que todas as negociações com Pequim serão encerradas.
Apesar do tom duro com a China, Trump disse que negociações com outros países interessados em discutir tarifas começarão imediatamente.
O republicano voltou a defender a medida, afirmando que os EUA têm a chance de fazer "algo que deveria ter sido feito décadas atrás", e criticou os que considera fracos ou indecisos. “Seja forte, corajoso e paciente, e a grandeza será o resultado”, disse.
Na véspera, Trump minimizou os impactos negativos nas bolsas globais causados pelo tarifaço, que já apagou trilhões em valor de mercado. “Às vezes, é preciso tomar um remédio para consertar algo”, afirmou.
A resposta da China veio com a aplicação da mesma tarifa de 34% sobre produtos americanos, com início previsto para quinta-feira (10). Trump considerou a decisão como "a única coisa que a China não podia fazer".
Mercados reagem mal
A ameaça de escalada na guerra comercial derrubou os mercados pelo terceiro dia consecutivo. A bolsa de Hong Kong caiu 13,22%, e o índice CSI 1000, da China, recuou 11,39%. Na Europa, o Euro Stoxx 50 fechou com queda de 4,31%.
Nos EUA, os índices também operam em baixa: Dow Jones recua 2,17%; S&P 500 cai 1,70%; e Nasdaq perde 1,59%. No Brasil, o Ibovespa recua 0,36% e o dólar chega a R$ 5,93.
Os mercados chegaram a esboçar uma recuperação após rumores de uma pausa tarifária de 90 dias — exceto para a China — sugerida por Kevin Hassett, assessor econômico da Casa Branca. No entanto, a própria Casa Branca desmentiu a informação, e os índices voltaram a cair. Com informações G1.