A Coalizão Global para Produção Local e Regional, Inovação e Acesso Equitativo foi oficialmente criada nesta terça-feira (20), durante a 78ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, na Suíça. A iniciativa, formalizada por meio da Carta de Genebra apresentada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marca a principal entrega da presidência brasileira do G20 na área da saúde.
Com o objetivo de ampliar o acesso equitativo a vacinas, tratamentos, diagnósticos e tecnologias para doenças negligenciadas e emergências sanitárias, a Coalizão reúne como membros fundadores Brasil, França, Reino Unido, União Europeia, Turquia, Alemanha, Indonésia e África do Sul.
“A Coalizão representa uma oportunidade única para promover o acesso a tecnologias em saúde voltadas para populações em situação de vulnerabilidade, ao mesmo tempo em que fortalece a capacidade regional de resposta a futuras emergências”, afirmou Padilha no lançamento.
O primeiro projeto da nova aliança internacional será voltado ao desenvolvimento de tratamentos inovadores contra a dengue, doença viral que afeta principalmente países tropicais e tem se expandido globalmente em razão das mudanças climáticas.
Nos dois primeiros anos, o Brasil assumirá a presidência e o secretariado da Coalizão. A articulação nacional ficará sob responsabilidade do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS).
Segundo a secretária Fernanda De Negri, a iniciativa é um marco internacional: “Vamos alinhar capacidade produtiva, transferência de tecnologia e prioridades regionais com base em evidências técnicas para combater desigualdades no acesso à saúde.”
A Coalizão se baseia em parcerias voluntárias e projetos concretos, com participação ativa de países do G20, convidados e organizações internacionais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi formalmente convidada a apoiar a iniciativa com suporte técnico e científico.
Além de combater a dengue, a Coalizão poderá atuar em outras frentes, adaptando-se às necessidades dos países membros e respondendo a futuras crises sanitárias globais. Com informações: Ministério da Saúde.