Começa nesta sexta-feira (30), no Museu da Diversidade Sexual, em São Paulo, a exposição O mais profundo é a pele, que propõe uma reflexão sensível e potente sobre o envelhecimento da população LGBTQIA+. Gratuita e aberta ao público até 31 de agosto, a mostra faz parte da programação oficial da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo.
Com curadoria visual e emocional, a exposição traz fotografias do artista Rafael Medida, que registrou 25 pessoas LGBTQIA+ — entre elas lésbicas, gays, pessoas trans e drag queens — em imagens de nudez poética que revelam os traços do tempo, os afetos e a resistência desses corpos.
“Quando eu era mais jovem, quase não via referências de homens gays mais velhos. Pesquisando, percebi que isso se devia à crise da Aids e à violência que sempre nos rondou. Hoje, podemos contar outras histórias e imaginar novas formas de envelhecer”, afirmou Medida.
Figuras conhecidas da cena LGBTQIA+ também participam da mostra, como a artista e maquiadora Gretta Star, o ator e roteirista Leo Moreira Sá e a drag queen Mama Darling. Além das fotografias, a exposição conta com uma instalação em vídeo, que amplia a experiência do público ao apresentar os relatos de vida dos retratados.
A proposta dialoga diretamente com o tema da Parada SP deste ano, Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro, marcada para o dia 22 de junho, na Avenida Paulista. “É histórico ver nossos corpos envelhecendo com beleza, desejo e afeto. Durante muito tempo, fomos expulsos da ideia de futuro. Essa exposição é um marco nesse processo de resgate e valorização das velhices LGBT+”, afirmou Fischer, diretor de Comunicação da Associação da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo e curador da mostra.
O Museu da Diversidade Sexual está localizado na estação República do Metrô (Praça da República, 299) e funciona de terça a domingo, das 10h às 18h. A entrada é gratuita. Com informações: Agência Brasil.