O Irã lançou uma série de ataques com mísseis balísticos contra Tel Aviv, Jerusalém e outras cidades de Israel na noite desta sexta-feira (13), atingindo áreas residenciais e civis, segundo as Forças Armadas israelenses. Pelo menos 15 pessoas ficaram feridas em Tel Aviv, conforme informou o serviço de emergência local e o jornal israelense Haaretz.
A ofensiva iraniana acontece como retaliação aos bombardeios israelenses realizados na quinta-feira (12) contra instalações militares e nucleares iranianas, que deixaram dezenas de mortos, incluindo altos comandantes e cientistas do país. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que a nação iraniana não deixará o ataque impune e acusou Israel de ter “iniciado uma guerra” e cometido “um grande erro”.
Durante os ataques, as Forças de Defesa de Israel divulgaram um mapa mostrando as regiões onde as sirenes de alerta contra mísseis foram ativadas, reforçando a gravidade da situação. Explosões foram ouvidas em Tel Aviv e Jerusalém, e prédios no centro das cidades foram atingidos.
As autoridades israelenses afirmaram que seus sistemas de defesa aérea interceptaram vários dos mísseis lançados pelo Irã, mas reconhecem que alguns impactos ocorreram, principalmente em áreas urbanas. O governo israelense reforçou que os ataques iranianos estão atingindo civis, o que foi condenado pelas Forças Armadas do país: “Civis israelenses estão atualmente sendo alvos do regime iraniano. O mundo não pode ficar em silêncio”.
A Guarda Revolucionária do Irã afirmou que essa retaliação “apenas começou” e prometeu que Israel “vai pagar caro” pelas mortes de militares e civis iranianos. A mídia estatal do Irã também noticiou que um caça israelense foi abatido e que o piloto foi capturado, informação negada pelas Forças de Defesa de Israel.
Na sequência dos ataques iranianos, Israel retomou os bombardeios contra o território iraniano, com fortes explosões registradas nos arredores de Teerã e interceptações das defesas aéreas do país. O objetivo declarado de Israel é impedir o avanço do programa nuclear iraniano.
A escalada do conflito levou o Conselho de Segurança da ONU a convocar uma reunião de emergência para tratar da situação. O Irã classificou os ataques israelenses como uma “declaração de guerra” e ameaçou não só Israel, mas também os Estados Unidos, acusados de apoiar as ações israelenses. Washington, no entanto, negou envolvimento direto, afirmando que Israel agiu unilateralmente.
O cenário permanece tenso, com riscos crescentes de uma guerra mais ampla na região do Oriente Médio.Com informações: G1