O presidente da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Maurício Velloso, afirmou que o setor pecuário brasileiro está preparado para enfrentar a imposição de tarifa de 50% sobre as exportações de carne bovina para os Estados Unidos, prevista para começar em 1º de agosto. Segundo ele, o Brasil pode facilmente distribuir as 185 mil toneladas de carne bovina que foram exportadas aos norte-americanos no primeiro semestre de 2025 para mais de 160 países compradores.
Apesar do crescimento expressivo de 104% nas exportações para os EUA entre 2024 e o primeiro semestre deste ano, Velloso destaca que o volume ainda representa uma fatia menor frente ao total exportado pelo Brasil. Ele rejeita a pressão de indústrias para redução do preço pago ao pecuarista e alerta que a tarifa americana prejudica sobretudo o próprio mercado dos Estados Unidos, que enfrenta um rebanho bovino menor desde 1960.
De acordo com o dirigente, a carne brasileira tem vantagem competitiva no mercado americano, pois seu custo é cerca de um terço do custo da arroba nos EUA, sendo amplamente utilizada para produção de hambúrgueres e almôndegas. “A taxação deve ser repensada porque não beneficia ninguém”, conclui Velloso. Com informações: Canal Rural.