A sexta-feira (18) terminou com valorização nos preços futuros do milho nas bolsas de Chicago (CBOT) e do Brasil (B3). Impulsionado por fatores climáticos e atraso na colheita da segunda safra, o cereal acumulou alta semanal de até 3,8% nos contratos internacionais e 2,43% nos brasileiros.
Segundo análise da Agrivest, os preços na CBOT foram sustentados pela valorização do trigo e por previsões meteorológicas que indicam calor e seca nos Estados Unidos nos próximos dias, cenário que pode afetar negativamente as lavouras.
“O milho ganhou suporte das valorizações do trigo e de preocupações climáticas. Uma onda de calor e seca deve atingir os EUA, podendo causar estresse hídrico sobre as lavouras”, informou a consultoria.
Apesar das projeções, a expectativa de uma safra cheia continua no radar, com boas condições nas lavouras norte-americanas.
Na Bolsa de Chicago, o contrato setembro/25 foi cotado a US$ 4,08 (alta de 1,62%), o dezembro/25 a US$ 4,27 (1,6%), o março/26 a US$ 4,44 (1,48%) e o maio/26 a US$ 4,55 (1,45%). No acumulado semanal, os ganhos variaram entre 2,42% e 3,82%.
Já no Brasil, os preços futuros também avançaram. Na B3, o milho setembro/25 fechou a R$ 65,45 (alta de 1,32%), novembro/25 a R$ 68,20 (0,29%), janeiro/26 a R$ 72,01 (0,29%) e março/26 a R$ 74,35 (0,23%).
A Agrivest aponta que o mercado espera uma segunda safra recorde, mas o atraso acentuado na colheita limita a oferta, fortalecendo os preços no mercado spot.
“O farmer selling e o programa de exportação seguem lentos. Esse atraso de colheita, provocado inclusive pelas geadas passadas, tem dado sustentação aos preços pela segunda semana seguida”, explica Victor Cazzo, consultor da Venda na Hora Certa.
Cazzo também observa que a alta do câmbio contribui para a valorização das cotações na B3.
No mercado físico, a saca de milho também fechou em alta em praças como Castro (PR), Sorriso (MT), São Gabriel do Oeste (MS), Itapetininga (SP), Campinas (SP) e Porto de Santos (SP). Com informações: Notícias Agrícolas.