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Detentas de Goioerê confeccionam perucas para pacientes em tratamento contra o câncer


Projeto Liberdade em Fios une solidariedade e capacitação profissional para mulheres privadas de liberdade.
Detentas de Goioerê confeccionam perucas para pacientes com câncer, unindo solidariedade e ressocialização. Foto: PPPR Por: Editorial | 26/08/2025 22:22

s detentas da Cadeia Pública de Goioerê estão transformando vidas e reescrevendo suas próprias trajetórias por meio do projeto Liberdade em Fios, iniciativa da Polícia Penal do Paraná (PPPR) que produz perucas para pacientes em tratamento oncológico. A ação une solidariedade, aprendizado técnico e reintegração social, oferecendo às internas novas perspectivas profissionais.

Por meio da confecção manual das próteses capilares, as custodiadas ajudam pacientes em tratamento contra o câncer enquanto recebem capacitação que pode abrir portas para oportunidades fora do sistema penal.

“Ao oferecer capacitação profissional e oportunidades de aprendizado, contribuímos para que as pessoas privadas de liberdade tenham condições de reconstruir suas trajetórias e buscarem reinserção na sociedade”, afirma a diretora-geral da PPPR, Ananda Chalegre dos Santos. Ela ressalta que fortalecer vínculos e promover ações que beneficiem a comunidade são fundamentais para reduzir a reincidência criminal e dar sentido ao processo de reintegração social.

As perucas são confeccionadas manualmente, utilizando fios de cabelo doados por internas de Goioerê, Altônia e Piraquara, além de contribuições da Uopeccan – Unidade de Oncologia de Umuarama. Desde o início do projeto, cerca de 20 perucas já foram produzidas, com 12 entregues a pacientes da Uopeccan e outras ainda em fase de finalização.

O projeto começou com um curso de capacitação ministrado por profissionais do Instituto Jéssica Cara, com apoio do Rotaract Club de Goioerê, que ensinaram às custodiadas a elaboração das próteses. Para o coordenador regional da Polícia Penal em Umuarama, Arnobe Lemes, a iniciativa vai além do aprendizado técnico. “Ressocializar também é permitir que as pessoas se reconectem com o lado humano que há nelas. E nada é mais humano do que ajudar o próximo”, afirma.

A gestora da Cadeia Pública de Goioerê e responsável pelo projeto, Janaina Montenegro, celebra os avanços alcançados. “Começamos com poucos materiais e muitos sonhos. Saber que as próteses vão levar esperança para outras mulheres é algo que não dá para colocar em palavras. As internas estão orgulhosas e agradecidas por poder contribuir com algo tão significativo”, diz.

O projeto tem potencial de expansão, com a meta de profissionalizar mais detentas e fornecer próteses a diversos hospitais do Estado. Para isso, é necessário aumentar a disponibilidade de doações de cabelo. Nesta semana, uma nova entrega de perucas será realizada em Umuarama, dando continuidade ao trabalho de apoio aos pacientes em tratamento oncológico. (Informações: AEN)




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