O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, informou nesta quarta-feira (10) que os casos de hepatite A cresceram 50% em relação ao ano passado. Já são quase 500 registros apenas em 2025 na capital fluminense. O anúncio foi feito durante o Seminário de Saúde Suplementar, promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo Soranz, a hepatite A é uma doença imunoprevenível e pode ser transmitida por alimentos, água contaminada ou relações sexuais. Ele destacou que o aumento tem sido mais perceptível entre jovens com vida sexual ativa. “É bastante preocupante, inclusive com aumento de internações. A recomendação é que as pessoas procurem as unidades de saúde para se vacinar”, afirmou.
O Ministério da Saúde explica que a principal forma de transmissão é o contato oral-fecal, frequentemente associado a condições precárias de saneamento e higiene. Embora em crianças a doença costume ter evolução leve, em adultos pode apresentar formas mais graves, chegando a casos fulminantes.
Além do cenário da hepatite, o evento também debateu os altos reajustes dos planos de saúde. A diretora da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Lenise Secchin, ressaltou que o uso descoordenado de procedimentos aumenta os custos do setor. Ela também lembrou que o envelhecimento da população exigirá novas estratégias de sustentabilidade para a saúde suplementar até 2030. Com informações: Agência Brasil.