O Ministério da Saúde iniciou a fase de campo do Censo da Força de Trabalho na Saúde em Mato Grosso do Sul, com o objetivo de mapear, em nível nacional, a presença e atuação dos profissionais do setor. No estado, a coleta está sendo realizada pelas equipes da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES), que atuam diretamente em mais de 6 mil estabelecimentos públicos e privados, incluindo hospitais, unidades básicas de saúde, clínicas e serviços especializados.
Segundo o chefe do Setor de Apoio da Coordenadoria de Gestão do Trabalho da SES, Victor Hugo de Jesus Gutierre, a operação é essencial para construir uma base de dados sólida e confiável sobre os profissionais que atuam tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na saúde suplementar. “Essa operação estadual é essencial para construirmos uma base de dados sólida e confiável, permitindo reconhecer os profissionais que muitas vezes não têm visibilidade e fortalecer o planejamento da força de trabalho em saúde”, destacou.
Apesar da inovação trazida pelo Sistema Censo, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, a adesão das unidades de saúde ainda enfrenta resistência, o que reforça a necessidade de conscientização sobre a importância da participação no levantamento. Conforme a Fiocruz, a plataforma foi projetada com foco em segurança e rastreabilidade, utilizando validações automáticas, trilhas de auditoria e campos padronizados para garantir dados confiáveis.
O sistema permite registrar e validar as informações coletadas sobre vínculos, ocupação, jornada de trabalho e situação funcional dos profissionais. Todo o processo é dividido em perfis de acesso — recenseadores, gestores de estabelecimentos, coordenadores regionais e gestores centrais — com funções específicas na coleta, análise e validação dos dados.
Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal foram escolhidos como estados-piloto da iniciativa, que será posteriormente replicada em todo o país. No estado sul-mato-grossense, o levantamento ocorrerá em 6.360 estabelecimentos, com apoio de 33 recenseadores e seis articuladores regionais.
A ação tem caráter exclusivamente informativo, sem função fiscalizatória, e visa qualificar o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), especialmente no que diz respeito à força de trabalho. A iniciativa é realizada em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Escola de Governo Fiocruz-Brasília. Com informações: Agência de Notícias.