A angústia pelo desaparecimento de quatro homens, ocorrido em 5 de agosto, transformou-se em um desabafo comovente. Em entrevista exclusiva ao portal de notícias Obemdito, Alesandra Gonçalves de Souza, irmã de Alencar Gonçalves de Souza, de 36 anos, fez um apelo à comunidade para que qualquer pessoa que tenha informações sobre o caso contribua, mesmo que de forma anônima.
Segundo Alesandra, o medo tem impedido que pessoas com dados importantes se manifestem, o que dificulta o avanço das investigações. “O mal prevalece porque as pessoas têm medo e não falam nada”, lamentou. Ela disse que se sente triste ao imaginar que informações cruciais possam estar sendo escondidas. “Não está sendo fácil, está muito difícil. A gente se sente triste porque sabe que existem informações que poderiam ajudar e ficam abafadas pelo medo”, afirmou.
A irmã relatou ainda que o sofrimento do pai, já idoso, se intensificou desde o desaparecimento e ficou ainda mais doloroso após o achado do veículo usado pelos quatro homens, localizado enterrado em um bunker na zona rural. “Ele está muito abatido, surrealmente abalado. É doloroso olhar para ele e sentir a impotência do que estamos vivendo, principalmente após o encontro do veículo”, desabafou.
Apesar do medo que cerca o caso, Alesandra destacou que uma carta anônima foi decisiva nas apurações e acredita que novas denúncias podem trazer respostas. “Existem tantas coisas que poderiam ajudar muito, mas ficam abafadas pelo medo. Se todo mundo se calar, o mal vai prevalecer mesmo”, reforçou.
Em meio à dor, ela fez questão de agradecer os esforços das equipes envolvidas na investigação. “Quero agradecer de coração a atenção e dedicação de todas as equipes que estão investigando o caso dia e noite: Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Militar e Força Nacional. Cada esforço tem sido fundamental para buscarmos respostas”, disse.
Alesandra também elogiou o trabalho do delegado responsável pelas apurações. “Quero agradecer especialmente ao delegado Tiago Andrade, que sempre nos atendeu com paciência e atenção, nos dando suporte e informações durante toda a investigação.”
Para a família, o reconhecimento não elimina a dor, mas reafirma a esperança de que a verdade venha à tona — e de que o medo não seja mais forte que a justiça.