Ninguém está preparado para a perda de um ente querido, mas conversar sobre doação de órgãos e tecidos em vida pode salvar vidas. Em Mato Grosso do Sul, a negativa familiar para doação ultrapassa 60%, impedindo que muitos procedimentos sejam realizados, mesmo com possibilidade clínica de sucesso.
Apesar desse cenário, os dados da Central Estadual de Transplantes da SES mostram avanços importantes. De janeiro a setembro de 2025, foram realizados 218 transplantes de córnea, 39 de fígado, 16 de rim e 4 de ossos, beneficiando pacientes que aguardavam por uma nova chance.
“A entrevista familiar é uma etapa decisiva. Quando a pessoa manifesta em vida o desejo de ser doadora, facilita a tomada de decisão e aumenta as chances de autorização. O respeito à vontade do potencial doador é um princípio ético que orienta todo o trabalho da Central Estadual de Transplantes”, explica Claire Carmen Miozzo, coordenadora da CET.
Como parte das ações do Setembro Verde, o Estado realiza a 2ª Caminhada “Passos pela Vida”, no dia 21 de setembro, no Parque dos Poderes, e a sessão solene de entrega do Diploma de Honra ao Mérito Legislativo “Amigo do Transplante”, no dia 22, no Palácio Guaicurus, em reconhecimento a pessoas e instituições que promovem a cultura da doação.
MS também comemora avanço nacional: em menos de um ano após iniciar os transplantes de fígado, ocupa o 4º lugar no ranking de transplantes por milhão de habitantes, atrás apenas de Distrito Federal, Paraná e Ceará. “Esse resultado reforça o compromisso do Estado com a ampliação do acesso a procedimentos de alta complexidade”, destacou o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa. Com informações: Comunicação SES.