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Polícia Civil do Paraná investiga cerca de 30 suspeitos por rede de exploração sexual


Vítima de 29 anos foi submetida a abusos enquanto era mantida em cárcere privado por 22 anos.
"O caso ocorreu na região metropolitana de Curitiba (Foto: Reprodução/Domingo Espetacular/Record). Por: Editorial | 23/09/2025 14:07

A Polícia Civil do Paraná investiga 30 homens suspeitos de integrarem uma rede de exploração sexual. Eles são acusados de estuprar, de forma reiterada, uma mulher mantida em cárcere privado durante 22 anos, sob vigilância do próprio padrasto, em uma cidade da região metropolitana de Curitiba.

O caso foi descoberto quando a vítima, hoje com 29 anos, conseguiu fugir em 19 de março. Segundo o delegado responsável, o padrasto, de 51 anos – preso em flagrante –, além de cometer abusos sexuais contra a enteada desde os 7 anos de idade, também organizava encontros com outros homens.

“Ele marcava os encontros, preparava o quarto e a obrigava a manter relações sexuais com desconhecidos, enquanto os três filhos dela dormiam no cômodo ao lado”, relatou a autoridade policial.

A vítima era impedida de usar métodos contraceptivos, pois o acusado desejava que ela engravidasse de um dos agressores. As crianças resultantes dessas violações têm atualmente 6, 9 e 13 anos. A primeira gravidez ocorreu quando a vítima tinha 16 anos.

Em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record, a mulher detalhou a dinâmica dos crimes. “Alguns chegavam a questionar: ‘Ela está sendo forçada, não está?’. Mas mesmo assim prosseguiam”, relatou. Em uma ocasião, quando um homem indagou se ela estava consentindo, o padrasto respondeu por ela: “Ela quer!”.

A vítima também revelou que pelo menos um dos agressores estava sob monitoramento judicial durante os abusos. “Teve um que veio aqui de tornozeleira eletrônica”, contou. O padrasto mantinha uma faca no quarto para intimidá-la e assegurar sua obediência.

“Sempre imaginei que minha história viria à tona apenas após minha morte. Nunca pensei que estaria aqui contando isso. Ele roubou a vida que eu desejava, minha liberdade e minha vontade de viver”, desabafou a mulher, ao lembrar que era retirada da escola e levada para motéis.

O principal suspeito, preso na semana passada, nega as acusações. Em depoimento, afirmou “desconhecer” os crimes e disse nunca ter ameaçado a vítima. No entanto, a polícia apreendeu vídeos que comprovam as violações.

As investigações concentram-se agora na identificação dos trinta homens envolvidos. Eles responderão por estupro e corresponsabilidade no cárcere privado. A vítima e os três filhos recebem atendimento psicossocial da rede de proteção municipal. Fonte com informações da Banda B.




Diário do Interior MS
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