Investigações em São Paulo apontam que diferentes tipos de bebidas alcoólicas foram adulterados com metanol, causando intoxicações graves e mortes. Reportagem exibida pelo Fantástico neste domingo (28) mostrou casos envolvendo gin, uísque e vodca, consumidos em bares e adegas, sem relação com uso clandestino.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública destacou que a ingestão ocorreu em ambientes comuns de consumo e que médicos devem considerar a hipótese de intoxicação por metanol ao atender pacientes com sintomas graves após ingestão de álcool.
Até o momento, a Secretaria Estadual da Saúde confirma 16 casos em investigação, seis já confirmados, e três mortes: um homem de 38 anos em São Bernardo do Campo, outro de 54 anos na capital e um terceiro de 50 anos. Entre os casos recentes, Rafael Martins permanece internado em estado grave após beber gin, enquanto Radharani Domingos perdeu a visão após consumir caipirinhas preparadas com vodca adulterada.
Especialistas alertam que os sintomas iniciais da intoxicação podem se confundir com uma ressaca comum, mas evoluem rapidamente, podendo causar convulsões, coma e falência múltipla de órgãos. Alterações visuais, mal-estar persistente, ataxia, náuseas, vômitos, dor abdominal, taquicardia e visão turva são sinais de alerta. O atendimento médico imediato é essencial para reduzir os riscos à vida.
Infográfico: o impacto do metanol no corpo humano. — Foto: Arte/g1.
O governo estadual reforça que bares e estabelecimentos devem fiscalizar a procedência dos produtos, adquirindo apenas bebidas legalizadas, com rótulo, lacre e selo fiscal. O alerta também se estende à população, para evitar produtos de origem duvidosa. Com informações: G1.