Os paranaenses Gustavo Ostrowski, de 22 anos, e Adriane Marschall Pereira, de 21, embarcaram de volta à Ucrânia no dia 27 de setembro, acompanhados do filho recém-nascido, de apenas três meses. O bebê nasceu em julho, na cidade de Santa Helena, no oeste do Paraná, onde a família permaneceu após retornar ao Brasil no início deste ano.
O casal se conheceu em 2024, quando atuava como combatente voluntário no exército ucraniano. Gustavo se alistou em janeiro daquele ano e, seis meses depois, Adriane, natural de Santa Tereza do Oeste, decidiu viajar para encontrá-lo e também se voluntariar, mesmo sem experiência em combates. Pouco antes de ser enviada ao front, descobriu que estava grávida e passou a atuar como intérprete para famílias de soldados.
Durante o período de junho a dezembro de 2024, os dois permaneceram na Ucrânia, mas voltaram ao Brasil em janeiro de 2025 para acompanhar a gestação e o nascimento do filho. Menos de três meses após o parto, decidiram regressar ao país europeu.
Desta vez, somente Gustavo vai se alistar novamente. Ele afirma que não ficará na linha de frente, mas deve integrar operações com drones e participar do treinamento de soldados. “Sinto saudades da guerra, quero voltar para as missões. Vai ser uma experiência nova”, disse.
Já Adriane explicou que pretende se estabelecer com o bebê em uma cidade considerada segura, distante das zonas de combate. “Quero criar meu filho em algum lugar tranquilo enquanto o Gustavo participa das missões”, contou.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que não recomenda a participação de brasileiros em forças militares estrangeiras e alerta para os riscos da decisão. A pasta reforçou ainda que, em casos desse tipo, a assistência consular é limitada. Com informações: Obendito.