Para defender o Pantanal, uma capivara virou ninja — literalmente. Criado por estudantes do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) em Dourados, o jogo “Capivara Ninja” transforma um dos símbolos do Estado em uma guerreira que enfrenta caçadores, incendiários e traficantes de animais para proteger o bioma pantaneiro.
De faixa nos olhos e espada nas patas, a protagonista percorre a planície alagável combatendo inimigos que ameaçam a fauna e a flora. O protótipo do game, desenvolvido ao longo de dois anos, conta com duas fases, mas a versão final terá cinco níveis.
(Foto: Divulgação)
Segundo a coordenadora do projeto, Flávia Gonçalves Fernandes, a ideia de tornar a capivara uma ninja surgiu da nostalgia de desenhos animados dos anos 1990, como as Tartarugas Ninjas, e também de uma conexão cultural.
“O termo ‘ninja’ representa um guerreiro habilidoso e comprometido com sua missão. Além disso, Mato Grosso do Sul é o terceiro Estado com maior número de descendentes de japoneses”, explica Flávia.
O Capivara Ninja é um jogo de ação e aventura, controlado pelo teclado, que combina diversão e conscientização ambiental. O grupo apresentou o projeto durante a Semana Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, em Brasília, recebendo destaque e elogios do público.
“Queremos despertar a consciência ambiental de forma lúdica, mostrando os problemas reais do Pantanal, como a caça predatória, o tráfico de animais, o desmatamento e as queimadas”, destaca o acadêmico Franclei Barnabé dos Santos, do curso de Tecnologia em Jogos Digitais.
Mesmo com o sucesso do protótipo, os desenvolvedores enfrentam dificuldades financeiras para concluir o projeto, o que impede a dedicação exclusiva da equipe. Ainda assim, o jogo já está disponível para o público e promete conquistar quem quiser ajudar — nem que seja no mundo virtual — a proteger o bioma pantaneiro. Com informações: Campo Grande News.