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Bandeira de “One Piece” se torna símbolo da Geração Z nos protestos que derrubaram presidente do Peru


Jolly Roger, conhecida do mangá, é usada por jovens em Lima, Madagascar e Indonésia para expressar insatisfação com governos.
Um manifestante veste fantasia de Homem-Aranha e segura bandeira de “One Piece” durante protesto em Lima, Peru, em 28 de setembro de 2025 (Foto: Angela Ponce/Reuters). Por: Editorial | 10/10/2025 08:09

O Congresso do Peru aprovou, na madrugada desta sexta-feira (10), o afastamento da presidente Dina Boluarte, acusada de “incapacidade moral”. A votação foi unânime a favor do afastamento. Boluarte, de 63 anos, assumiu a presidência em dezembro de 2022 após a destituição de Pedro Castillo, mas enfrentou forte rejeição popular, com aprovação entre 2% e 4%, e denúncias de enriquecimento ilícito. Em julho, a presidente aumentou o próprio salário, intensificando críticas ao governo.

Desde o início do mandato, mais de 500 protestos ocorreram exigindo sua renúncia. Entre os símbolos que se destacaram nos atos, está a bandeira Jolly Roger, do mangá e anime “One Piece”, que no universo da história representa a luta dos piratas por liberdade contra governos autoritários.

(Foto: Reprodução/TikTok/Khoirudin)

A bandeira e a Geração Z

Nos protestos em Lima, jovens da Geração Z — nascidos entre 1995 e 2010 — passaram a usar a bandeira como forma de protesto. A prática começou em Indonésia, quando cidadãos contestaram a ordem do presidente Prabowo Subianto de hastear apenas a bandeira nacional antes do Dia da Independência. Em vez disso, utilizaram a Jolly Roger, em preto com caveira e ossos cruzados, como símbolo de rebeldia e descontentamento com a centralização do governo.

O uso da bandeira também se espalhou para Madagascar, em manifestações contra cortes de energia e crises no fornecimento de água. Lá, os jovens exigem a renúncia do presidente Andry Rajoelina e a dissolução de órgãos como a comissão eleitoral e o Senado.

Apesar de críticas de representantes do governo e alerta da polícia sobre o uso de bandeiras “não nacionais”, o movimento é considerado uma forma de expressão criativa, sem restrições legais, desde que respeitada a posição da bandeira nacional. Com informações: g1




Diário do Interior MS
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