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Rogério mostra o ferimento que o levou à UPA do Coronel Antonino, onde diz ter sido agredido por um guarda municipal (Foto: Juliano Almeida)
Por: Editorial | 21/10/2025 07:39
Um mototaxista de 32 anos, identificado como Rogério Luiz, afirma ter sido agredido por um guarda municipal no fim da tarde desta segunda-feira (20), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Coronel Antonino, em Campo Grande. A confusão teve início por volta das 17h, após o servidor dar prioridade a um paciente em cadeira de rodas que havia acabado de chegar à unidade.
Segundo Rogério, ele aguardava atendimento desde o meio-dia, após sofrer um acidente de moto enquanto trabalhava. O mototaxista disse que apenas perguntou ao guarda o motivo da prioridade concedida ao novo paciente, quando foi acusado de estar fingindo dor.
“Eu estava aqui há horas, com dor na perna, esperando atendimento. Só perguntei por que outro paciente passou na frente. Ele me acusou de fingir e veio para cima de mim”, contou.
Rogério relatou que o guarda o agarrou pela camisa e o empurrou contra a parede. “Mostrei a cicatriz da cirurgia e disse que sentia dor. Ele insistiu que eu estava mentindo, me empurrou e gritou. Eu estava gravando e não reagi”, relatou o paciente.
Durante a confusão, uma mulher desmaiou ao pensar que a irmã havia sido agredida. “Ele ainda foi até ela e puxou o pé, dizendo que ela também estava fingindo”, afirmou Rogério. De acordo com informações do Campo Grande News, a irmã da paciente relatou que a mulher já estava debilitada e se assustou com o tumulto.
O mototaxista acrescentou que, além de não receber o atendimento necessário, o tempo recomendado para a sutura do ferimento em sua perna havia sido ultrapassado. “Estou com o joelho aberto, com corte profundo. Fui acusado de fingir dor e, no fim, vou ser levado à delegacia por desacato. O único erro foi questionar a atitude dele”, lamentou.
Ele ainda explicou que foi por conta própria até a unidade. “Eu não vim de ambulância porque achei que não fosse grave. Só que cheguei aqui e já são quase seis da tarde e nada. Ainda passo por isso”, desabafou.
O guarda municipal envolvido, que atua na segurança da unidade, foi visto na UPA, mas preferiu não se manifestar sobre o caso. A reportagem também entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para saber qual procedimento será adotado pela Guarda Municipal, mas não houve resposta até o fechamento desta edição. O espaço permanece aberto para posicionamentos futuros. Com informações: Dourados News
