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Megaoperação em comunidades da Zona Norte do Rio deixa 56 mortos e 81 presos; vias são fechadas em reação


Polícia Civil e Polícia Militar realizam ação integrada que causa intensos confrontos; Linha Amarela e Grajaú-Jacarepaguá foram bloqueadas.
Equipes das forças de segurança deixam a Cidade da Polícia na manhã desta terça-feira (28), antes de seguir para as comunidades da Zona Norte. (Foto: Divulgação) Por: Editorial | 28/10/2025 13:36

Pelo menos 56 pessoas morreram — entre elas quatro policiais — e 81 foram presas nesta terça-feira (28) durante uma megaoperação realizada em comunidades da Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação, iniciada no fim da madrugada, provocou confrontos intensos, com barricadas em chamas e grande troca de tiros.

Imagens registradas por moradores mostram mais de 200 disparos em um minuto, em meio a colunas de fumaça. Até a última atualização, a operação continuava em andamento, com novos relatos de feridos.

A iniciativa faz parte da Operação Contenção, programa permanente do governo estadual voltado ao combate ao crime organizado em áreas dominadas por grupos armados.

No início da tarde, foram registradas reações violentas em várias regiões da cidade. Veículos e entulhos foram usados para bloquear a Linha Amarela, a Grajaú-Jacarepaguá e a Rua Dias da Cruz, no Méier, entre outros pontos.

Devido aos bloqueios, o Centro de Operações do Rio elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2, em uma escala de 5. A Polícia Militar colocou todo o efetivo nas ruas e suspendeu as atividades administrativas.

A operação mobilizou cerca de 2.500 agentes de segurança com o objetivo de cumprir 100 mandados de prisão. Durante a ação, foram apreendidos 31 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas.

Segundo o balanço parcial, 52 suspeitos morreram em confrontos, além de quatro policiais. Três civis ficaram feridos: um homem em situação de rua atingido por bala perdida, uma mulher ferida em uma academia e outro homem baleado em um ferro-velho.

Escolas e postos de saúde das comunidades afetadas não funcionaram. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 28 escolas permaneceram fechadas no Complexo do Alemão e 17 na Penha. A Secretaria de Saúde informou que cinco unidades básicas não abriram e uma clínica suspendeu visitas domiciliares.

O transporte público também foi afetado. O Rio Ônibus informou que 12 linhas precisaram alterar seus trajetos por motivos de segurança.

A ação contou com apoio de promotores do Ministério Público e foi resultado de um ano de investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes. Policiais civis e militares de diversas unidades participaram da operação, que utilizou helicópteros, blindados e veículos de apoio.

O secretário de Segurança Pública do Estado afirmou que a operação foi planejada com antecedência e que o objetivo é retomar o controle territorial em áreas dominadas por organizações criminosas. Com informações: g1




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