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Imagem de drone mostra corpos levados a praça no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no dia 29 de outubro de 2025. (Ricardo Moraes/Reuters)
Por: Editorial | 30/10/2025 15:37
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro protocolou, nesta quinta-feira (30), um pedido de autorização junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para produzir laudos paralelos aos oficiais nos corpos das mais de 120 pessoas mortas na megaoperação realizada pelas forças de segurança do Rio na terça-feira (28). A ação foi contra a facção Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte.
(Foto: Divulgação)
Segundo o órgão, a medida se justifica diante da violação do protocolo estabelecido pelo Supremo na chamada ADPF das Favelas, que fixa regras para a redução da letalidade policial e ações em áreas de risco. A Defensoria argumenta que, diante de uma massiva violação de direitos humanos, "todo somatório de esforços que enriqueçam o debate e, por conseguinte, a apuração do ocorrido é bem-vindo, sem espaço para melindres institucionais das vítimas".
O documento, assinado pelo coordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria do Rio, Marcos Santos, enumera fatos que justificam a medida. Entre eles, estão: a ausência de ambulâncias no local, o fechamento de escolas e postos de saúde, e a falta do devido isolamento para fins de preservação e perícia posterior.
O defensor público pondera que, embora reconheça as dificuldades inerentes a uma área de mata, "causa estranheza a ausência de controle sobre o isolamento do local". Ele afirma que o conjunto de fatores desperta "receio concreto" quanto à imparcialidade e consequente fiabilidade das perícias oficiais. Com informações: g1
