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Carcaça de onça-pintada encontrada na fazenda onde os animais foram envenenados, no Pantanal sul-mato-grossense. (Foto: Divulgação/Reprocon)
Por: Editorial | 10/11/2025 08:54
Um pecuarista e dois funcionários foram condenados por envenenar 19 animais da fauna pantaneira, incluindo duas onças-pintadas, em uma fazenda localizada na região do Passo do Lontra, no Pantanal sul-mato-grossense. O crime ocorreu em maio de 2021, poucos meses após as queimadas que devastaram a região.
De acordo com o processo, a carcaça de uma vaca foi usada como isca para atrair os felinos, que eram o alvo principal do envenenamento. A ação foi descoberta por técnicos de uma organização ambiental, que identificaram o problema após o colar de GPS de uma onça monitorada emitir sinal de mortalidade. No local, foram encontradas duas onças e outros 17 animais mortos, entre eles urubus-de-cabeça-preta, carcarás e um cachorro-do-mato.
O caso foi investigado pela Polícia Federal durante a Operação Yaguareté, com base em mensagens trocadas entre os envolvidos, que confirmaram a compra e o uso de agrotóxico.
A Justiça Federal condenou o fazendeiro ao pagamento de R$ 15,1 mil e os dois funcionários a R$ 1,5 mil cada. As penas de prisão — de até dois anos e quatro meses — foram substituídas por prestação de serviços à comunidade e pagamento em dinheiro.
Na sentença, a magistrada responsável destacou que as medidas alternativas são “mais adequadas para reprimir e prevenir a prática delitiva, atendendo aos objetivos ressocializantes da lei penal”.
A defesa dos condenados recorreu da decisão, alegando inocência e afirmando que o processo ainda está em fase de recurso. Com informações: Campo Grande News
