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Pais denunciam agressão de tutora contra criança autista dentro de escola municipal de Curitiba. (Foto: Arquivo pessoal)
Por: Editorial | 13/11/2025 07:44
Os pais de uma criança autista de dez anos denunciaram que o filho teria sido agredido por uma tutora dentro de uma escola municipal de Curitiba. O caso foi registrado na Polícia Civil e comunicado à Secretaria Municipal de Educação e ao Conselho Tutelar.
A mãe do menino, Edileine Carvalho, relatou que percebeu marcas no braço do filho e procurou imediatamente a direção da escola. Segundo ela, a diretora se mostrou resistente em conversar sobre o ocorrido. “Mandei mensagem imediatamente para a escola falando que o meu filho estava com o braço roxo. A diretora veio nervosa, falando que não queria conversar. Foi difícil, pois eu precisava saber o que aconteceu com o meu filho. No fim, ela falou que apertou ele”, contou Edileine, em entrevista à Ric RECORD.
A família afirma que essa não foi a primeira vez que o menino sofreu agressões. Mesmo após denúncia anterior ao Conselho Tutelar e à Secretaria de Educação, o caso teria se repetido. “Fizemos a denúncia no Conselho Tutelar e na Secretaria de Educação. Eles falaram que iriam acionar a rede de proteção e eu pensei que isso ia coibir. Pensei que não ia mais acontecer”, disse a mãe.
De acordo com familiares, o segundo episódio foi ainda mais grave. Os pais não foram informados pela escola, mas por parentes de outros alunos. “Uma vez ela já tinha batido na cara dele. Desta vez, ela deu um tapa na cara e uma cadernada na cabeça”, relatou uma amiga da família.
O pai do menino, Carlos Xavier, afirmou sentir-se impotente diante da situação. “É muito ruim, pois você se sente impotente, já que não pode agir. Tem que aguardar pelo Estado, que deveria fazer o papel de guarda do seu filho. Mas você vê a conivência de deixar o caso esfriar e não resolver o problema”, declarou.
Edileine reforçou que entende os desafios de lidar com uma criança autista, mas considera inadmissível o uso da violência. “Eu sei que lidar com uma criança autista não é fácil, mas é inadmissível agredir. Existem manobras para conter a criança, sem violência”, completou.
A família registrou boletim de ocorrência e pede providências da Secretaria Municipal de Educação.
O que diz a Prefeitura:
Em nota encaminhada à Ric RECORD, a Prefeitura de Curitiba informou que o contrato da tutora foi cancelado e que o caso está sob investigação. O Núcleo Regional de Educação acompanha a situação e confirmou que a família já recebeu atendimento.
O episódio ocorre meses após um caso semelhante em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, que ganhou repercussão nacional após a divulgação de imagens de uma criança autista amarrada no banheiro de uma escola particular. Com informações: Banda B
