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Acusado sendo encaminhado para a Penitenciária de Dourados (Foto: Ivinoticias)
Por: Editorial | 14/11/2025 05:59
O Tribunal do Júri de Ivinhema concluiu, na noite desta quinta-feira (13), o julgamento do terceiro e último acusado pelo feminicídio da adolescente Vitória Caroline de Oliveira Honorato, de 15 anos. A sessão começou às 8h30 e terminou às 19h45, sob a presidência do juiz Rodrigo Barbosa Sanches.
Participaram do julgamento o Ministério Público, representado pela promotora de Justiça Dra. Lenize Martins Lunardi Pedreira, a defesa do réu e a assistência à acusação, exercida pela advogada da família da vítima, Dra. Irene. Após a análise das provas e dos debates em plenário, os jurados decidiram pela condenação do acusado, que recebeu a pena de 19 anos e 8 meses de prisão.
Com essa decisão, todos os três envolvidos no crime ocorrido em janeiro de 2022 foram condenados pela Justiça.
Após o encerramento da sessão, o pai de Vitória conversou com a reportagem e descreveu a dor revivida durante o julgamento, mas também o sentimento de alívio pela conclusão da etapa:
“Mexendo a ferida dói, né? A gente já veio aqui aquela vez, agora novamente, e graças a Deus. Não que a gente vai trazer a Vitória de volta, mas a família agora segue mais em paz, mais tranquila.”
Ele também comentou sobre a pena e agradeceu às autoridades envolvidas:
“A gente sabe que a pena não foi muito boa ainda, mas devido ao tempo que mudou a lei, né? Se fosse o acontecido por agora, a pena sairia maior. E eu quero agradecer o juiz, os jurados, a nossa advogada, que é a doutora Irene. Agora nós vamos passar sem ela no Natal, mas ele também vai passar sem as filhas dele, preso. Nós vamos passar sem a nossa, né.”
Com a nova condenação, chega ao fim o ciclo de julgamentos de um caso que chocou Ivinhema e ganhou repercussão nacional. A Justiça concluiu a responsabilização dos três envolvidos, trazendo algum alívio à família, que segue convivendo com a dor da perda, mas agora com a certeza de que todos foram julgados e condenados.
Em 24 de abril de 2025, após mais de 13 horas de sessão, o Tribunal do Júri de Ivinhema concluiu o julgamento dos dois primeiros acusados. Conduzida pelo juiz Rodrigo Barbosa Sanches, a sessão contou com intensa atuação do Ministério Público, das defesas e da assistência à acusação.
Os jurados acolheram todas as qualificadoras — motivo torpe (ciúmes), dissimulação, meio cruel, feminicídio e impossibilidade de defesa da vítima — e as penas fixadas foram:
19 anos e 8 meses de prisão para um dos acusados;
21 anos e 2 meses de prisão, com agravante por antecedentes criminais, para o outro.
